Como já noticiado em outro momento, as abelhas são de suma importância para polinização de várias espécies de angiospermas (plantas que possuem flor e fruto), estima-se que cerca de 87% dessas espécies precisam da polinização de abelhas para a frutificação. Como exemplo, um levantamento encomendado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos indicou que 100% das espécies de amêndoas, 90% das maçãs e mirtilos, 48% dos pêssegos, 27% das laranjas, 16% do algodão e 5% da soja dependem das ações das abelhas para prosperar. Isso, só para citar alguns alimentos consumidos pelos humanos.
Além deles, culturas de maracujá, melancia, acerola, melão, pêra, ameixa, pêssego, abacate, goiaba, tomate, café, canola e até de flores como os girassóis são altamente dependentes da polinização por abelhas.
Vale destacar que no mundo existem várias espécies, sendo conhecido atualmente um total de mais de 20 mil espécies.
“As abelhas garantem a variação genética tão importante ao desenvolvimento e reprodução das plantas e, com isso, garantem o equilíbrio dos ecossistemas e que existam plantas suficientes para a produção de oxigênio. São ainda consideradas um importante bioindicador da qualidade do meio ambiente”, acrescenta Ana Bueno, bióloga da ONG Bee or not to Be.
Além da importância ecológica, as abelhas são de grande importância econômica principalmente para pequenos agricultores, com a finalidade de produção de: mel, própolis e geleia real.
Infelizmente, como observamos no nosso dia a dia, pesquisadores vêm registrando um declínio na abundância e no número de espécies de abelhas de forma geral.
As principais causas para esse processo de extinção englobam principalmente: mudanças climáticas, mudança no uso da terra com o aumento de monoculturas, o uso indiscriminado de pesticidas e até o acúmulo de microplásticos (os pelos das abelhas ficam eletrostaticamente carregados durante o voo dos insetos, o que ajuda a atrair as partículas de plástico).
Recentemente, estudos feitos pela Associação Alemã para a Conservação da Natureza (NABU), juntamente com duas ONG’s, identificaram uma interferência da radiação dos celulares na mortandade das abelhas. Dos dados de 190 estudos mostram que os efeitos adversos vão desde a perda da capacidade de orientação, até a deterioração do material genético e das larvas. A radiação dos celulares e das redes sem fio, como wi-fi, provocaria a abertura dos canais de cálcio das células dos insetos.
Podemos fazer a nossa parte para ajudar na preservação das abelhas! Criar e plantar flores e árvores nativas, manter nossos arredores mais “naturais e diversos”, valorizando esse tipo de vegetação. Essa é uma forma simples que cada um de nós pode colocar em prática na nossa própria casa, por exemplo!