Essa será a 3º primavera seguida que irá ter influência do fenômeno La niña.
A mais recente análise da NOAA e da Universidade de Columbia a partir de diversos modelos de clima projeta para o trimestre de outubro a dezembro 82% de probabilidade de La Niña, 18% de neutralidade e nenhuma chance de El Niño. Para o trimestre de novembro a janeiro, que é o da segunda metade da primavera, 75% de probabilidade de La Niña, 25% de neutralidade e 0% de chance de El Niño.
O que é o fenômeno La Niña?
La Niña é o nome dado ao fenômeno climático-oceânico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano pacífico, provocando alterações sazonais na circulação geral da atmosfera, podendo durar de nove a 12 meses.
Como consequência, muitas regiões do mundo experimentam uma alteração sazonal no regime pluviométrico, o que se deve à mudança nos índices de umidade e também variações consideráveis de temperatura. No Brasil, há um aumento no volume de chuvas no Norte e Nordeste, bem como secas e temperaturas muito elevadas na região Sul.
Impactos do La Niña no Brasil
O La Niña interfere no clima de todas as regiões do Brasil. Em algumas delas, entretanto, é difícil prever o comportamento desse fenômeno.
Os estados das regiões Norte e Nordeste do país apresentam volumes de chuva elevados, os quais podem atingir também o semiárido nordestino. As frentes frias se tornam mais frequentes especialmente nos estados nordestinos, o que contribui para maiores índices pluviométricos.
O oposto acontece na região Sul do Brasil. Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul experimentam uma seca severa, com longos períodos sem chuva, especialmente entre os meses de setembro e fevereiro, e um aumento brusco nas temperaturas diárias. Espera-se que municípios gaúchos registrem, ainda no ano de 2022, recordes de temperatura máxima em decorrência do evento.
La Niña no Rio Grande do Sul
Conforme alertas da Organização Metereológica Mundial (OMM), o fenômeno La Niña continuará influenciando o clima até pelo menos o início de 2023. O clima aqui no Rio Grande do Sul será marcado por rápidas frentes frias, com chances de geadas tardias em outubro e novamente e chuvas abaixo da média.
Apesar de poder haver episódios de chuvas volumosas com altos acumulados de chuva em curto período de tempo, a precipitação até o final do ano apresenta um desvio negativo de 100mm a 200mm quando comparado com a média histórica do RS.
Por tendências históricas, o risco de temporais em primaveras sob influência do La Niña são mais altos, por isso, alerta-se para o possível risco de granizos nos próximos meses.
Historicamente, os efeitos do fenômeno La Niña na chuva são sentidos mais no final da primavera e no começo do verão. Por isso, a MetSul Meteorologia alerta que à medida que o verão se aproximara irregularidade da chuva tende a se acentuar e algumas áreas do território gaúcho podem enfrentar maior déficit hídrico, com ameaça de prejuízos em lavouras de ciclo precoce como as de milho.
La Niña e agricultura, dicas de como minimizar os impactos
Fontes: https://metsul.com/veja-o-que-esperar-na-rara-terceira-primavera-seguida-de-la-nina/
https://www.agricultura.rs.gov.br/la-nina-persiste-no-estado-no-proximo-trimestre-com-chance-de-geadas-tardias-e-chuvas-abaixo-da-media#:~:text=O%20progn%C3%B3stico%20clim%C3%A1tico%20para%20o,mm%20na%20maioria%20das%20regi%C3%B5es.
https://www.canalrural.com.br/noticias/la-nina-persiste-e-amplia-chance-de-geadas-tardias-e-chuvas-abaixo-da-media/