Os sistemas agroflorestais (SAFs) são uma alternativa a agricultura convencional, buscando minimizar riscos de degradação de solo e aperfeiçoar a produtividade agrícola.
Os SAFs podem ser definidos como consórcios de culturas agrícolas com espécies arbóreas que, plantadas juntas e na época certa, controlam a competição e ajudam no desenvolvimento de cada cultura. Este sistema também colabora na diminuição da perda de fertilidade do solo e do ataque de pragas.
Onde aplicar os sistemas agroflorestais?
O SAF pode ser aplicado para restaurar florestas, recuperar áreas degradadas ou no desenvolvimento de uma nova cultura.
Para iniciar o processo de recuperação, aconselha-se o plantio de árvores de rápido crescimento que contribuem para acelerar a disponibilidade de biomassa, o que irá promover a ciclagem de nutrientes e permitir o plantio de espécies mais exigentes.
Com isso, ocorrerá um equilíbrio biológico para promover o controle de pragas e doenças. Nesta área será possível estabelecer consórcios entre espécies de importância econômica, frutíferas e hortaliças.
Benefícios dos sistemas agroflorestais
Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, o SAF permite cultivar várias culturas ao mesmo tempo, despertando o interesse do agricultor que antes trabalhava apenas com a monocultura.
Onde se planta hortaliças também é possível cultivar frutas e até mesmo árvores para geração de madeira ou consumo.
4 etapas do desenvolvimento dos sistemas agroflorestais
As cultivares plantadas nos sistemas agroflorestais podem ser classificadas em quatro categorias, de acordo com o portal Sítio Pema Agricultura Orgânica e Sustentável, referência neste sistema agrícola:
1- Colonizadoras: pastagens de área degradada ou transformada em pasto, sendo este formado por gramíneas e algumas leguminosas.
2- Pioneiras: caracterizadas pelo crescimento rápido e ciclo curto de vida, como o milho, feijão, verduras e arroz.
3- Secundária Iniciais: apresentam ciclo de vida mais longo do que as pioneiras. Exemplos: mandioca, mamão, araruta, banana e várias árvores para lenha de ciclo rápido.
4.1- Secundárias tardias: são variedades como as de café, citrus, abacate, goiaba, jabuticaba e árvores para lenha de ciclo de 15 a 18 anos.
4.2- Climax ou Primárias: árvores de maior estrato e altura, em média mais de 18 anos, como seringueira,castanheira, entre outras.